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  • Foto do escritorVeronica Trevizoli

Transformando seu smartphone em um detector de múons



Olá apaixonados pela ciência, espero encontrar todos bem em meio a essa pandemia!


Hoje falaremos um pouco de radiação e como podemos utilizar nosso amigo celular para nos ajudar em mais uma aventura científica.


Os raios cósmicos são partículas subatômicas energéticas criadas, segundo os cientistas, em aceleradores cósmicos como buracos negros e explosões de estrelas. Quando as partículas se chocam com a atmosfera da Terra, elas criam as chamadas chuvas de partículas secundárias, e uma delas é o múon.


Múons são partículas subatômicas semelhantes aos elétrons, mas muito mais pesadas. Quando os raios cósmicos do espaço sideral (predominantemente prótons) colidem com a atmosfera da Terra, eles produzem uma cascata de partículas subatômicas, incluindo elétrons, pósitrons (a versão de antimatéria dos elétrons) e múons. Enquanto muitas das outras partículas são absorvidas pela atmosfera, os múons atingem o solo em grande número. Então, das várias partículas produzidas por raios cósmicos, a mais fácil de se detectar é o múon.


Ok, ok, mas vocês devem estar se perguntando tá, mas e aí? Eu vou mostrar como podemos utilizar essas informações tanto nas ciências como na educação.


É pouco provável que os detectores de raios cósmicos didáticos superarem os grandes e sofisticados utilizados pelos astrofísicos, mas se um número suficiente de pessoas colocarem celulares antigos ou ociosos para capturar múons, o projeto poderá, um dia, evoluir para um projeto científico significativo.


Nós da IMA achamos que esta é uma excelente maneira para estudantes e membros interessados do público em geral aprenderem sobre física de partículas e astrofísica de uma forma prática. Em 2019 lançamos um balão para captura de raios cósmicos e este ano vamos agregar a coleta de múons fazendo uso de um celular antigo e comparar com coleta de solo, melhorando ainda mais a experiência acadêmica.


Então, se você se interessou pelo assunto, vamos mostrar um passo a passo de como fazer essa transformação de um celular obsoleto a um detector de múons. Acompanhe:


Passo 1

Faça download dos aplicativos DECO - Distributed Electronic Cosmic-ray Observatory) e data logger nos seguintes sites, respectivamente:


Passo 2

Cubra as lentes da câmera do telefone com fita isolante preta e coloque a tela do telefone para cima em qualquer lugar, até mesmo em uma gaveta de mesa - múons podem penetrar na matéria muito como os raios-X faz (mas são absorvidos pela Terra, então detectamos apenas aqueles vindo do céu).


Passo 3

O aplicativo DECO coleta imagem da câmera a cada dois segundos e analisa a imagem e, se pixels suficientes são sensibilizados, é registrado como um evento. O data logger carrega os dados (junto com o horário, local) para um banco de dados central para análise. A radioatividade no ambiente também pode ser registrada.


Fica o convite para você, monte seu detector de múon e vamos criar uma grande rede de coleta de dados dessa partícula. Assim, podemos formar um gigantesco banco de informações e comparar com os resultados que obteremos com o nosso experimento em alta altitude.


Isso é ciência na prática! Se você gostou, compartilhe.


Caso tenha alguma dúvida, basta entrar em contato, que nós podemos auxilia-los.


Eu sou Veronica Trevizoli, professora de Matemática e pedagoga, apaixonada por tecnologia e educação. Se você se interessou pelo tema ou quer saber mais, entre em contato através do nosso site ou nos siga pelas redes sociais, facebook e instagram IMA_Corp.

Um abraço e até o próximo artigo!

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