Veronica Trevizoli
Ciência a Serviço do Homem
Olá apaixonados pela ciência! Já faz um tempo que não escrevo nada para vocês, mas isso porque estávamos preparando coisas muiiiito legais.
Hoje que quero apresentar a vocês alguns resultados alcançados com o lançamento do balão de alta altitude lançado no ano passado (2019). Para quem acompanhou tudo, sabe que recuperar a carga útil do nosso balão foi um processo árduo, porém uma aventura bastante divertida! Se você não acompanhou pode acessar pelo nosso canal do youtube https://youtu.be/05CCDNj2CQ4?list=PLoRyYWO6qH0RA1tD_W6lytMbghTH99B4s
Durante o voo, foram coletadas mais de 65000 linhas de dados atmosféricos, temperatura, pressão, umidade e altitude. Além dos dados da quantidade de radiação recebida. Esses dados foram tratados e os alunos, sob as orientações minhas e do professor Cesar Hipólito, geraram alguns gráficos, onde puderam comprovar que quanto maior a altitude, menor a temperatura. O balão iniciou sua trajetória com aproximadamente 30°C e registrou sua menor temperatura em torno de -43°C quando estava a aproximadamente 11,5 Km de altitude.

Através dos dados, os alunos conseguiram calcular as velocidades de ascensão e queda do balão, aplicando conceitos básicos da física. Calcularam que o balão subiu a uma velocidade de 2,8 m/s e até atingir o apogeu voou por aproximadamente 2 horas, explodiu a uma altitude de quase 20Km e iniciou a queda por 50 minutos a uma velocidade de 10,8 m/s.

Quanto a radiação, a partir dos 2000 metros somos bombardeados por essas partículas, com aproximadamente 0,9 mSV (milisievert), pode parecer pouco, mas para se ter uma ideia, nos exames de raio X somos expostos a uma radiação de 0,02 mSv.
Isso levou os nossos alunos a se questionarem quanto a saúde de pilotos e demais pessoas que ficam muito tempo exposto a esse tipo de radiação. Porém, o estudo de radiação vai mais longe, queremos criar modelos e padrões de interferência da radiação no clima, mas para isso, precisamos coletar mais dados, o que será feito com o próximo lançamento previsto para 13 de dezembro de 2020.
Além de tudo isso, pudemos validar a eficiência e eficácia de equipamentos eletrônicos de baixo custo, os arduínos e sensores que além de sofrerem condições severas observadas no voo, ficou exposta por mais de 20 dias sob sol e chuvas intensas. Ao serem resgatados apresentam ótimas condições e permanecem em funcionamento.
Esse trabalho nos levou a participar do 11° WETE – Workshop de Engenharia e Tecnologia Espacial, realizada esse mês de Agosto pelo INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
Gostou? Quer participar de tudo isso?
Ainda dá tempo!! Estamos com um edital aberto – www.imaeduc.org para que você e sua equipe participem e tenham a possibilidade de enviar algum experimento à estratosfera terrestre.
Eu sou Veronica Trevizoli, professora de Matemática e pedagoga, apaixonada por tecnologia e educação. Se você se interessou pelo tema ou quer saber mais, entre em contato através do nosso site ou nos siga pelas redes sociais, facebook e instagram IMA_Corp.
Um abraço e até o próximo artigo!